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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Num ápice...

"(...) Então pela primeira vez nos apercebemos que a nossa língua carece de palavras para exprimir esta ofensa, a destruição de um homem. Num ápice, com uma intuição quase profética, a realidade revelou-se-nos: chegamos ao fundo. Mais para baixo do que isto não se pode ir: não há nem se pode imaginar condição humana mais miserável. Já nada nos pertence: tiraram-nos a roupa, os sapatos, até os cabelos; se falarmos, não nos escutarão, e se nos escutassem, não nos perceberiam. Tirar-nos-ão também o nome: se quisermos conservá-lo, teremos de encontrar dentro de nós a força para o fazer, fazer com que, por trás do nome, algo de nós, de nós tal como éramos, ainda sobreviva (...)"


(Primo Levi, "Se é isto um Homem")





quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

"O esquecimento é um insulto histórico"


"O esquecimento é um insulto histórico"


   Esta foi uma visita com muito tempo de preparação e de amadurecimento. Era há muito desejada pelo G.

   Conscientemente, avaliámos prós e contras, fizémos uma visita prévia, explicámos, demos livros a ler, assistimos juntos a filmes, séries e documentários, ponderámos se o A. também estaria preparado. E quando achámos que era chegada a hora, a tão desejada visita a Auschwitz-Birkenau aconteceu.
   A manhã estava fria, muito fria, cinzenta e até meio sombria. De uma forma respeitosa, atentos e circunspectos, os nossos rapazes seguiram o caminho em silêncio, enquanto a nossa Educadora, com a sua voz pausada e suave, ía relatando todas as atrocidades cometidas no Campo de Concentração e Extermínio de Auschwitz-Birkenau. Viram fotografias, rostos sofridos de muitos prisioneiros, montras repletas de cabelos, montanhas de sapatos, malas, óculos, próteses, loiças... Sem um único vacilo. E sempre em silêncio (quem os conhece sabe que é muito pouco comum...)
   No final, uma tristeza profunda estampada nos seus rostos, muitas questões e uma imensa incompreensão pelo mal que um ser humano pôde fazer a outro ser humano, apenas pelo «crime» deste ser judeu, ou cigano, ou comunista ou homossexual, ou qualquer outra identidade que não estivesse de acordo com os ideais de "quem mandava".
   Hoje, já no aconchego da nossa casa, reflito em todas as emoções vividas nos últimos dias. E penso em como a cultura da lembrança ganha cada vez mais importância nos tempos conturbados e perigosos que vivemos. E se esta imersão histórica (desconfortável e dolorosa, é certo mas, sem dúvida, transformadora) servir para os tornar seres mais tolerantes, então já terá valido a pena!


Apenas um aparte: chamei Educadora à nossa "guia" porque em Auschwitz é assim que são chamados, já que estão ali para ensinar uma lição de História. A mais dura de todas...




quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Granola para os mais novos




200 g de chocolate de culinária partido em pedaços
120 g de amendoim torrado sem sal
100 g de mel
30 g de óleo
450 g de flocos de aveia


   Pré-aqueça o forno a 150°C.
   Coloque o chocolate no copo e triture 3 segundos/ velocidade 6. Retire e reserve.
   Coloque o amendoim no copo e triture 5 segundos/ velocidade 7. Retire e reserve.
   Adicione o mel e o óleo e triture 15 segundos/ velocidade 5.
   Retire, deite sobre os flocos de aveia, envolva bem com a ajuda da espátula e espalhe sobre um tabuleiro de forno. 
   Distribua  a mistura no tabuleiro, previamente forrado com papel vegetal, e leve ao forno durante 20 minutos. De 5 em 5 minutos deve ir mexendo a granola, para que fique doiradinha.
   Retire do forno e deixe arrefecer completamente.
   Envolva o chocolate.
   Coloque num frasco hermético

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Bolo "Pega Marido"

Ora cá está um daqueles bolos para os fãs de bolos enqueijados! Este é realmente delicioso e muito simples de preparar.



1 lata de leite condensado 
1 medida da lata de leite 
1 medida da lata de leite de coco 
1 medida da lata de farinha de trigo 
1/2 medida da lata de açúcar 
3 ovos 
3 colheres (sopa) de margarina


Na Bimby: 
   Ligue o forno a 180°C. 
   Deite todos os ingredientes no copo e programe 40 segundos/ velocidade 4.
   Coloque o preparado numa forma untada e polvilhada. 
   Leve ao forno por 30 a 35 minutos (costumo programar 30 minutos, faço o teste do palito e, se necessário, programo mais 5 minutos). 
   Retire, deixe repousar 20 minutos e desenforme.


Método tradicional:
   Ligue o forno a 180°C. 
   Bata todos os ingredientes no liquidificador por 1 minuto , ou até obter uma mistura uniforme. 
   Coloque o preparado numa forma untada e polvilhada. 
   Leve ao forno por 30 a 35 minutos (costumo programar 30 minutos, faço o teste do palito e, se necessário, programo mais 5 minutos). 
   Retire, deixe repousar 20 minutos e desenforme. 


Eu não faço este bolo com cobertura, mas caso queiram experimentra, deixo-vos esta sugestão:

200 ml de leite de côco
2 colheres (sopa) de açúcar
50 g de côco ralado


Na Bimby: 

   Misture todos os ingredientes no copo e programe 90ºC/ 3 minutos/ velocidade 1.
   Coloque ainda quente sobre o bolo.

Método tradicional:
   Misture todos os ingredientes num tachinho e leve ao lume, até ferver.
   Coloque ainda quente sobre o bolo.