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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Halloween 2018



   
Desde que nos instalámos no Luxemburgo que festejamos o Halloween a preceito. Desta vez, apesar de não termos feito nenhuma festa cá em casa, tivémos direto a um jantar a preceito. Deixo-vos a receita que escolhi para sobremesa.





4 ovos
4 colheres (açúcar) - para as gemas
4 colheres (açúcar) - para as claras
1 pacote de natas (200 gr)
400 g de chocolate meio amargo
1 pacote de bolachas Oreo
Línguas de veado (pequenas)
Caneta de pasteleiro castanha

   Parta o chocolate em pedaços pequenos;
   Coloque o chocolate numa panela e aqueça em lume brando com temperatura baixa. Misture bem até que o chocolate se dissolver completamente.
   Separe as gemas das clara.
   Bata as gemas com o açúcar, até obter uma mistura esbranquiçada.
   Bata as claras em castelo e, no fim, acrescente o açúcar.
   Misture o chocolate derretido com o preparado das gemas e açúcar.
   Depois de bem misturados, acrescente as natas.
   Em seguida, envolva as claras batidas em castelo.
   Guarde no frigorífico até à hora de servir, de preferência de um dia para o outro.
   Perto da hora de servir, pique as bolachas Oreo e cubra as tacinhas de mousse.
   Escreva "RIP" nas línguas de veado e disponha uma em cada taça.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Capelines em crochet

   A minha mãe adora ter os ombros aconchegados, em casa anda sempre com uma capeline de crochet linda, feita há muitos anos por uma tia que ela adorava. Achei que estava na hora de lhe fazer outra, para poder ir variando. E gostei tanto de a fazer que fiz mais duas, para a minha avó e para a minha sogra!





quarta-feira, 8 de agosto de 2018

8 de Agosto. O dia Internacional do Gato

   
   Há uns anos, seria inconcebível escrever estas linhas. Porque eu e os gatos não combinávamos mesmo nada... Mas um dia, o meu caminho cruzou-se com a Aléxia. E um ano depois com o Beethoven. Foram eles os verdadeiros responsáveis por agora já não saber viver sem um gato pela casa. Quem diria...
    A Aléxia e o Bee já só vivem nos nossos corações e nas nossas memórias... mas não há dia nenhum que não sinta falta dos olhos azuis desta gata maravilhosa, de temperamento "especial", e da verdadeira "máquina de ronronar" que era o Bee.









 
    Há quase um ano, foi o Aramis a entrar de rompante nas nossas vidas: rejeitado pela mãe, precisava urgentemente de uma casa nova, onde estivesse em segurança. Miava tanto quando o colocaram no meu colo que cheguei a duvidar se iriamos ser capazes de tamanho desafio: apenas um mês de vida, tão pequenino, indefeso, esfomeado... e cheio de pulgas! Mas cá em casa, todos encarámos de frente o desafio de o alimentar e de lhe ensinar o que a mãe não quis fazer! Pelo meio, o pequeno "contratempo do nome": durante umas horas, o Aramis chegou a chamar-se Amélie. Felizmente a veterinária rapidamente nos elucidou que se tratava de um rapaz e não de uma menina! 
   Que grande aventura, gatão lindo! E que bom fazeres parte desta família!


"Um gato tem honestidade emocional absoluta. Os seres humanos, por uma razão ou outra, podem esconder seus sentimentos, mas um gato não o faz" 
(Ernest Hemingway)


quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Porque as pausas também são precisas ...

Olá, olá!

   Já não escrevo por aqui (ou noutro lado) há um bom par de semanas (quase três meses, para ser mais precisa!).
   Uma fase intensa de trabalho, aliada a pura preguiça, a falta de inspiração, a dias que correm depressa demais e não deixam tempo para tudo o que se quer fazer.
   Cám em casa, neste momento, estamos numa fase mais calma: a escola terminou e os rapazes já estão em Portugal, a passar férias com os avós. Enquanto não chega a nossa vez de partirmos, temos aproveitado o tempo a dois: idas ao cinema ao fim do dia, pôr as séries em dia, jantar fora - o tempo tem estado tão bom que só apetece andar na rua. Também temos feito algumas escapadinhas de fim de semana, as quais partilharei convosco em breve.

  

    De resto, a preguiça também chegou às agulhas! Tenho duas bonecas e um vestidinho para terminar, mas a vontade tem sido pouca. Também tenho uma série de tutorias encaminhados para publicar mas acho que só farei isso depois de setembro. Actualmente, a minha cabeça já só pensa nas três semanas de férias que teimam em nunca mais chegar! :-) 





Por agora, prometo não desaparecer por tanto tempo. De qualquer modo, podem encontrar-me sempre no Instagram, onde publico com muita assiduidade :-) 

terça-feira, 24 de julho de 2018

E como é que a história de Anne se cruza com Auschwitz?


Fonte: Pinterest



   Anne e à sua família chegaram a Auschwitz a 5 ou 6 de Setembro de 1944, vindos de Westerbork. Os seus nomes constavam da lista do último comboio que saiu para Auschwitz, a 3 de Setembro de 1944. Mais uma partida do destino! 



   À chegada, Anne, Margot e Edith são separadas de Otto. Nunca mais voltaram a estar juntos... 

  O resto já sabem: Em Outubro, Anne e Margot são transferidas para Bergen-Belsen. Edith, já muito debilitada, não faz parte da lista dos que partem. 
   Já em Bergen-Belsen, Anne e Margot ficam gravemente doentes, acabando por morrer  apenas algumas semanas antes da libertação do campo... 


Fonte: Pinterest


Fonte: Pinterest



Fonte: Pinterest

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Auschwitz-Birkenau

   Auschwitz-Birkenau. A minha demanda pelos caminhos de Anne Frank tinha, necessariamente, de passar por aqui. Depois de Bergen-Belsen e Westerbork, faltava este para completar o caminho triste da família Frank.
   Localizado a cerca de 70 quilómetros de Cracóvia, e construído depois da invasão da Polónia pelos alemães, para abrigar os prisioneiros políticos que já não cabiam nas prisões, Auschwitz foi o principal centro de extermínio da história. Só ali mais de um milhão de pessoas foram assassinadas! Visitar este campo é pois, imprescindível para conhecer um dos momentos mais trágicos e importantes da história do século XX. 


  

   
   Actualmente é possível visitar dois campos: Auschwitz I, o campo de concentração original, e Auschwitz II (Birkenau), construído posteriormente como campo de extermínio.





Auschwitz I

   Este era o campo original, que servia como centro administrativo de todo o complexo. Foi construído para abrigar os prisioneiros políticos do exército polaco. Mas não demoraram a chegar os membros da resistência, intelectuais, homossexuais, ciganos e judeus.



  À entrada do campo, o famoso portão e a frase “Arbeit macht frei” (O trabalho liberta). A falsa promessa de que se trabalhassem até à exaustão, acabariam por serem libertados.



 

   Além dos barracões onde os prisioneiros eram amontoados, o campo estava dividido em diferentes blocos.










   Há salas repletas de objectos retirados aos prisioneiros: sapatos, malas, óculos, próteses, panelas e até uma vitrina com cerca de trinta metros de comprimento com cabelo, cortado aos prisioneiros antes de serem enviados para os trabalhos forçados ou para as câmaras de gás, e que posteriormente era vendido para a fabrico de tecidos. 
   

















   O Bloco 11, “o bloco da morte” ou "a prisão dentro da prisão". Era para aqui que eram encaminhados os prisioneiros que quebravam as regras ou tentavam escapar. Alguns eram obrigados a passar noites seguidas nas "celas verticais", de apenas 1,5 m², onde quatro deles eram colocados ao mesmo tempo, não tendo outra alternativa senão passarem a noite toda em pé, saindo no dia seguinte novamente para os trabalhos forçados nas fábricas. 
   No porão ficavam as "celas da fome", onde os prisioneiros ficavam sem receber comida ou água, morrerem. Lá também ficavam as "celas escuras", que tinham apenas um pequeno espaço na parede para respirar e portas sólidas. Os prisioneiros ali colocados iam gradualmente sufocando à medida que o oxigénio ia rareando dentro delas. Às vezes, os guardas acendiam velas para fazer o oxigénio acabar mais depressa.









   São Maximillian Kolbe, o mártir da caridade, foi um dos prisioneiros a morrer no Bloco 11. Preso pela Gestapo, chegou a Auschwitz em Maio de 1941, num grupo numeroso de presos. Em Julho, três prisioneiros conseguiram escapar do campo. Como represália às fugas, e como forma de aviso, o subcomandante do campo, Karl Fritzsch, ordenou que dez prisioneiros fossem levados para uma cela subterrânea onde seriam privados de luz solar, água e comida, e lá deveriam permanecer até morrer.
   Um dos homens seleccionados, Franciszek Gajowniczek, pediu misericórdia, por ter filhos e mulher. Sensibilizado, Kolbe ofereceu-se para tomar o seu lugar.
   Na cela, Kolbe celebrava a missa e cantava hinos todos os dias. Ele oferecia conforto e encorajava os outros presos. Após duas semanas de desidratação e fome, só Kolbe e outros três prisioneiros permaneciam vivos. Os guardas queriam a cela vazia e deram a cada um uma injecção letal.
   São Maximillian foi canonizado pelo Papa João Paulo II em 1982 na presença de Gajowniczek.




Auschwitz II - Birkenau

   Birkenau, o  segundo campo e o de maior tamanho, localiza-se a cerca de 3 km de Auschwitz I
  A sua construção começou em Outubro de 1941, para descongestionar o primeiro e funcionar como campo de extermínio nos moldes da "Solução Final para o problema judeu", ou seja, o extermínio dos judeus como povo. Para tal foi equipado com cinco câmaras de gás e fornos crematórios. 





   Com uma extensão de 175 hectares, estava dividido em várias secções,  delimitadas por arames e grades electrificadas.







   Depois de chegarem ao campo, em vagões de carga, em condições deploráveis, os prisioneiros eram seleccionados. Alguns iam directamente para as câmaras de gás, outros eram enviados campos de trabalho, outros ainda eram usados para a realização de experiências.

~

 



   


   Os prisioneiros considerados não aptos para o trabalho, eram encaminhados para as câmaras de gás, onde eram assassinados com Zyklon B. Conduzidos a uma sala comum, e acreditando que tomariam um simples banho e receberiam roupas novas, ficavam expostos, à água que caía de chuveiros acima de suas cabeças e ao terrível e letal gás.


   O Zyklon B era colocado num compartimento de metal para ser aquecido e gerar vapor. O resultado era morte por sufocamento após convulsões violentas, dores extremas, sangramento e perda das funções fisiológicas. A morte era lenta e dolorosa. Posteriormente, os exaustores sugavam o gás, para permitir a retirada dos corpos, que eram encaminhados para os fornos crematórios.




   Neste campo ainda se conservam alguns barracões originais, as enormes latrinas e os restos dos fornos crematórios e as câmaras de gás que os nazis tentaram destruir no momento da fuga, numa tentativa de ocultar as provas dos crimes horríveis ali cometidos.














   A única câmara possível de visitar encontra-se em Auschwitz I. As de Birkenau foram completamente destruídas. 
   Esta câmara de gás operou entre 1941 e 1942 e morreram ali cerca de 60 mil pessoas. Posteriormente, foi convertida em abrigo antiaéreo para uso das SS. O crematório, foi reconstruído após a guerra, usando os componentes originais, que permaneceram na área após a libertação.